quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Bondade e Renúncia



Ramiro Gama
A companheira do abnegado médico já havia combinado com o amigo Cordeiro para cobrar aos que pudessem pagar à razão de cinco mil réis por consulente. O dinheiro não passaria pelas mãos de Bezerra e deveria ser encaminhado a D. Cândida. Bezerra sabia disto e concordou desde que recebesse apenas dos que estivessem em condições de pagar...
Certa vez, penetra no seu consultório da Farmácia Cordeiro uma pobre mulher com uma criança ao colo. Sentou-se e apresentou-lhe o filhinho para exame.
O aspecto da pobre mulher como o da criança traduzia miséria e fome.
Bezerra atendeu à criança. Sentiu-lhe o físico em mísero estado. E receitou, aconselhando à mão sofredora:
- Minha filha, dê a seu filho estes remédios de hora em hora. São remédios homeopáticos e, se desejar, pode comprá-los aqui mesmo...
- Comprá-los, doutor, com quê, se não tenho comigo nenhum níquel! Se eu e meu filho estamos até agora em jejum...
O bondoso médico olhou para a mãe sofredora. Seus olhos mansos e verdes, refletindo compaixão, encheram-se de pranto.
Ambos choravam!
O ambiente deveria ser tocante e vestido de luz e amor!
Abraçando-a, disse-lhe Bezerra: Não se apoquente, minha filha, vou ajudá-la. Confiemos no amor da Virgem, que vela por todos nós.
Procurou nos bolsos das calças e do paletó algum dinheiro e nada encontrou.
Pôs-se a pensar, olhando para cima, como se fizesse uma Prece muda e sentida.
De repente, fazendo-a sentar-se, sai e procura seu amigo Cordeiro, também manso e bom.
- Cordeiro, prometi-lhe não mexer no dinheiro das consultas, a fim de que você o encaminhe diretamente à minha esposa. Mas o caso de hoje é doloroso... Já rendeu alguma coisa?
- Nada, porque os doentes, até agora, são pobres e como sua ordem é para receber apenas dos que podem pagar...
- E o resultado de ontem, já o entregou?
- Não, está ainda comigo.
- Dê-me, então, este dinheiro e esperemos na proteção da Virgem, que há de nos mandar algum, mais tarde.
Cordeiro lhe atendeu. Bezerra penetra o consultório.
E, dirigindo-se à infeliz irmã em provas:
- Tome, minha filha, este envelope. Com o dinheiro que está aí, compre remédios, também leite e alimentos para seu filho.
A pobre mãe, de olhos surpresos, lacrimosos, lábios trêmulos, tartamudeia e nada pode dizer para lhe agradecer. Chora...
E Bezerra, abraçando-a:
- Nada de lágrimas, vamos, vá na santa Paz de Deus e que a Virgem a proteja e o seu filhinho. Ele há de ficar bom...
Assim atendida, a sofredora mãe deixa o consultório.
E, quando volta, da porta, para agradecer, ouve apenas a voz mansa e boa de Bezerra:
- Entre aquele que estiver em primeiro lugar.
Lindos Casos de Bezerra de Menezes

CAMINHA



Continua com o coração a derramar o bálsamo fraterno.

Caminha encorajado pelas vibrações que descem dos Céus até o teu espírito em romagem terrena.

Faz de tua vida uma vida de exemplo, de trabalho e de amor.

Prossegue na caminhada, Jesus nos ampara e consola em nossas noites de tormenta e angústia.

Continua crente de sua inolvidável presença, em todos os momentos de nossa vida.

Faz da estrada que irás palmilhar ramalhete perfumado de compreensão, paciência e alegria.

Permanece sempre unido ao bem; se porventura, em tortuosos caminhos seguires, volta atrás, e encontrarás sempre o Divino Amigo de braços abertos à espera do irmão combalido, para envolvê-lo no coração.

Nada temas, porém, prossegue sempre com a alma pronta a servir.

Faze de tua vida uma canção de amor, amando, auxiliando e servindo a todos, e sentirás cada vez mais, em teu coração, eclodir o grande vulcão que um dia unido ao clarão de outros vulcões, iluminarão a Terra sombria em plano de Eterna Luz.

Caminha e serve. É o dístico que deverás trazer gravado em tua alma.

Caminha e serve a todos com humildade e amor.

Paz seja em nossos espíritos.

Que o Mestre muito amado nos abençoe hoje, amanhã, agora e sempre.


Pelo Espírito Maria do Rosário - Do livro: Temas da Vida, Médium:
Francisco Cândido Xavier - Autores Diversos.

Céu e Inferno Interiores




Há uma lenda oriental que diz o seguinte:
Havia um velho samurai, muito maldoso, terrível e temido por sua violência e pela maneira cruel com que decapitava seus inimigos.
Uma vez, estando este em conflito foi à procura de um monge antigo, muito conhecido por sua paciência e sabedoria, o qual morava sozinho numa montanha.
Chegando a presença do sábio, um homem velho, de estatura pequena, olhar sereno e tranqüilo, o samurai com toda a sua arrogância interrogou.
- Me disseram que você é um sábio e eu vim aqui para que me responda a seguinte pergunta: -
- O que é o céu e o inferno, onde estão?
O monge, sempre mantendo o equilíbrio, respondeu-lhe:
- Eu não vou ensinar nada a você, veja sua fisionomia, está todo sujo, mal trapilho, sua espada enferrujada, barba mal feita, aspecto terrível, és uma vergonha para sua classe.
O samurai encheu-se de cólera, sua expressão mudou rapidamente, pegou sua espada e preparou um golpe fatal contra o monge que o ofendeu.
Quando levantou sua espada, cheio de ira olhando para o sábio, este o interrompeu:
- Está vendo, aí começa o inferno!
O samurai se surpreendeu, estancou o golpe e embainhou sua espada, olhando para o monge, assustado com a atitude daquele pequeno homem.
Saiu dali, apressado, apavorado, pensando em sua atitude e nas palavras do monge, franzino, pequeno e de muita serenidade e sabedoria.
Passaram-se tempos em que aquele samurai refletia sobre aquele momento e naquelas palavras e, alguns meses depois, resolveu retornar até a montanha para falar com aquele homem sábio.
Chegando a presença do monge, o samurai baixou a cabeça e falou serenamente:
- Muito obrigado mestre, por sua coragem e sabedoria! Você arriscou sua própria vida para ensinar-me sobre o que era o inferno e eu envergonhado, venho aqui para lhe agradecer e pedir-lhe desculpas pela minha atitude impensada.
O sábio olho-o nos olhos e disse:
- Está vendo, aí começa o céu!

 
Moral da história: O Céu e o Inferno encontram-se dentro de nós, nos colocamos em um deles conforme nossas atitudes, nossos pensamentos, em nossas ações diárias. Isso determina nossa paz e nossa felicidade.

Fonte: Autor desconhecido – retirado da Internet

Pesquisa: Miguel_@ngelo

A BATALHA DOS LOBOS INTERNOS



Uma noite, um velho índio contou a seu neto sobre uma batalha que acontece dentro das pessoas.
Ele disse:
-      Meu querido há uma batalha entre dois lobos dentro de todos nós:
-      Um é mau: é a raiva, a inveja, o ciúme, a tristeza, o desgosto, a cobiça, a arrogância, o ego, a pena de si mesmo, as mentiras, o ressentimento, o orgulho, a superioridade, a culpa...
-      O outro é bom: é a alegria, a esperança, a serenidade, a humildade, a bondade, a empatia, a benevolência, a generosidade, a verdade, a compaixão e a fé...
O neto pensou naquilo por alguns minutos e perguntou: - E qual o lobo que vence?
E o velho índio simplesmente respondeu:
-      Aquele que você alimenta.

Temos de estar atentos para que nossos pensamentos não nos traiam e que favoreçam a alimentação do mau, daquele que nos colocará em situações difíceis e nos trará colheitas desagradáveis e desfavoráveis a nosso espírito. Fazendo com que surjam os problemas e as dificuldades em nossa caminhada.
Façamos de nosso viver o proceder do homem de bem, do verdadeiro espírita ou se preferir do verdadeiro cristão, aplicando em nosso dia-a-dia as lições que nosso Mestre Jesus nos deixou para que as seguíssemos a fim de tornar-nos merecedores do Reino do Pai Celeste.
Paz, luz e caridade a todos nossos irmãos.

Miguel_@ngelo

"Não se perturbe o teu coração. – Crê em Deus..."

O lar

Que as bençãos do Pai de Amor e Bondade sejam presentes na vida de cada um de nós. Que o Mestre Jesus consiga penetrar em nossos corações, t...