Me deparei hoje a pensar como anda nossa
preocupação em mudar o Mundo, quanto grito ouvimos de indivíduos de diversas
idades, cores, credos, escolaridade, querendo realmente transformar o planeta,
mudar esta realidade que vivemos. a mídia de forma geral apoia algumas
mudanças, realça algumas reivindicações, espalha ao globo a bandeira do
movimento.
Mas estaria o homem correto em
protestar, em querer mudar o mundo, será que temos razão e, principalmente, condições
de exigir estas mudanças que tanto pleiteia?
Vemos hoje, violência em todos os
lugares, no futebol a pancadaria entre torcidas, no trabalho o assédio e ou a
humilhação entre colegas e chefes, na escola as brigas e o desrespeito entre
alunos e aos professores, no trânsito o descaso e o individualismo, a violência
entre nós mesmos e com outros seres como os animais, no lar a violência contra
filhos e cônjuges, contra pais e avós, em locais públicos o desatenção, a
prepotência, a arrogância, o ciúme, a inveja, o orgulho, o preconceito, a
ignorância...
Diante de tudo e de toda essa onda que
assola a sociedade, repensemos, estamos preparados para transformar o mundo, em
querer que tudo mude, querer um mundo melhor?
Mas qual é então a causa de tanta coisa
errada que vimos nesta lista acima e que poderíamos ainda descrever outras
tantas, porém seria extremamente cansativa a leitura, onde está a razão a
tantas falhas? Seria o mundo todo que está errado e nós queremos esta mudança,
para consertar tudo. Nós temos mesmos as ferramentas para este trabalho? Estaríamos aptos a mudar os outros, a mudar a
sociedade inteira? Não estaremos pensando alto demais, querendo agir como se
fôssemos anjos espargidores de bençãos e dádivas aos demais pecadores e
infiéis?
Enquanto nós não conseguirmos enxergar
nossos defeitos, essa arrogância toda que possuímos nada poderemos fazer de
concreto. Somos seres ainda muito orgulhosos, não vemos que quem necessita
urgentemente de transformação somos primeiramente nós mesmos, temos de
transformar a nós, ao nosso interior, olhar para dentro de si e ver o quanto de
podridão ainda carregamos, quanto chagado ainda está nosso coração.
Não temos a coragem ainda de nos
enfrentar, de lutar contra nossas imperfeições, nem ao menos admitimos que
somos errados. Como queremos mudar os outros? Que capacidade temos nós de
querer transformações, se em nós mesmos precisa de uma avalanche de benfeitorias
para nos tornar homens de bem, homens bons diante dos preceitos evangélicos.
Talvez por esta razão muitos ainda
afirmam não crer em Deus, pois isso os levaria a repensar em si próprio, mas e
aqueles que acreditam, que dizem ter uma religião, o que fazem por si?
Jesus em suas sábias palavras nos disse:
"Amar ao próximo como a nós mesmos"...mas como isso seria possível se
não possuo amor próprio e como ter amor próprio se não quero mudar o
"eu interior" , que tão
necessitado está dessa reforma.
Quando digo que amo alguém isso é mais
do que simples palavras, é um gesto, uma ação, e torna-se um dever o zelo, a
proteção a esta outra pessoa, estou falando que tenho de ter responsabilidade,
carinho, afeição e muito mais por esse indivíduo o qual desprendo amor, senão
não seria o sentimento sublime que o Mestre Jesus nos ensinou.
Portanto irmãos, mudar o Mundo é uma
utopia se não querermos mudar a nós próprios, é uma ação que deve vir
internamente em cada indivíduo, primeiramente querendo e proporcionando
transformar-se para depois pensar em querer transformar os outros. É a reforma
íntima que devemos batalhar, que precisamos praticar, lavar a alma, lapidar o
espírito, o repensar em nossa vida, o que fazemos, como vivemos, para somente a
partir daí tentar partir para a luta exterior.
Miguel_@ngelo
19Ago13