terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Deus é Presente


 
A presença de Deus é fundamental em nossas vidas. Ela é o elemento essencial mesmo em nosso bem viver.
Mas não adotemos o comportamento errôneo de pensar que Deus só é presença na hora em que entramos em prece., que participamos de algum culto ou quando em uma cerimônia religiosa. Não.
Deus, não se faz presente somente nestes momentos. O Pai se encontra conosco a cada segundo de nosso dia, em todas nossas atitudes, em qualquer situação, lugar, a cada ação e reação nossa podemos sentir sua presença.
Ele não nos abandona jamais, mesmo naqueles momentos em que, por falta de fé, nos revoltamos, nos enchemos de cólera, esbravejamos até, contra Ele, mas sua presença se faz sentir e é só nos acalmarmos para podermos perceber isto.
Não tomemos por hábito, viver em ilusão, pensamos na maioria das vezes que indo a um culto religioso uma vez por semana estaremos isentos de nossas faltas.
Deus quer de nós a prática de seus ensinamentos, exemplificados através do Mestre Jesus. Não basta dizer ou pensar palavras e gestos bonitos, achando que isso nos isentará de nossos erros e que bastará pedir o perdão e estará tudo resolvido.
Temos de agir com amor e bondade, praticar a caridade para com todos, fazer disso o nosso viver a cada dia, a cada instante e situação, durante todos os dias de nossa existência.
Viver no amor de Jesus, essa é a conduta que o Pai espera de seus filhos, tudo nos foi legado para este fim. Os exemplos foram de amor, de paz, humildade, caridade para com todos os irmãos, pois todos somos filhos deste mesmo Pai amado.
Então, coloquemos Deus realmente em nossa vida, façamos de Sua presença uma constante em nosso coração, para que tudo o que façamos esteja conforme as Suas Leis e somente assim teremos um mundo de Paz e de muito Amor.

Do Livro: A Luz de Deus a Nos Iluminar;
Miguel_@ngelo

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Mais uma vez... Natal!



Caros irmãos que a Luz Divina do Pai possa brilhar cada vez mais nos corações humanos, que possamos fazer refletir seus raios através de nossa alma a todos os companheiros de jornada.
Que nesta época do ano possamos refletir sobre tudo o que fizemos durante o período que tivemos a graça e o merecimento para realizar, transformar, trabalhar, auxiliar, estender a mão amiga, aconselhar, pois agora poderemos colocar na balança o nosso fardo e verificar para que lado pendeu. Se realizamos o bem e praticamos a caridade quando das oportunidades surgidas, certamente estaremos em dia com nossos propósitos de cristãos. Mas se pelo contrário a balança pesar pelas nossas falhas é hora de saber onde desviamos o caminho, onde é que pegamos o atalho errado e recomeçar.
Afinal Deus é Pai de Bondade, de Amor, de Justiça e, assim sendo, ele oportuniza a cada um de seus filhos um novo recomeço uma nova chance de acertar e de ser feliz.
Que o Ano que se aproxima seja mais uma vez de nosso proveito para caminhar rumo ao nosso progresso, incentivando, motivando, recrutando, pescando irmãos para marcharem conosco nessa Seara do Amor, da bondade, da benevolência, da resignação, da caridade que o Mestre Jesus nos ensinou.
Pensemos em todos seus exemplos, em suas passagens onde suas palavras em todos os discursos eram calcadas nestas virtudes que assinalamos acima. Tudo discorria em torno de exemplificar-nos que somente praticando seus dois maiores ensinamentos, duas frases apenas que o Mestre nos falou com muita clareza, nas quais temos de edificar nossa vida sempre e lembrarmos em todas as circunstâncias para sermos e construirmos a felicidade a todos:
-       Amar a Deus sobre todas as coisas;
-       Amar a teu próximo como a si mesmo.
Que neste Natal lembremos que devemos ao amado Mestre Jesus a obrigação de viver e pregar o amor entre todos os irmãos, pois o Pai nos enviou Seu Filho para dar este exemplo, de modo que, jamais poderemos esquecer o que Ele enfrentou para nos ensinar.
Reflitamos sobre isso e sejamos felizes.
Um Feliz Natal e Feliz Ano Novo a todos.

Miguel_@ngelo      -  Belém,14 Dez 2011.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Este texto foi publicado no Jornal O Galileu nº 10 (CEAK). Trata da visão do autor sobre problemas vividos por alguns jovens nos dias atuais.


Saber viver

Eu vejo o jovem falando em sair, festejar, ficar, beber, aproveitar.
Eu vejo o jovem se drogar, matar, roubar, delinqüir.
Cada vez mais novo, mais prematuro, mais inconseqüente.
Sai em grupos, forma tribos, quadrilhas; e arrastões são a meta em geral.
Impõe o medo, o terror, preocupa pais, família, amigos, não se liga a conselhos, nem recomendações.
Vive em perigo, no extremo, dizendo-se “o cara.”
Adrenalina é a desculpa usada para todo tipo de alteração que comete.
Mas e a educação? E a religião?
Ficam relegadas a segundo, terceiro ou quiçá a último plano, pois isso é coisa  “careta.”
Caretice que um indivíduo a mais ou menos dois mil e onze anos veio a pregar, ensinar e exemplificar.Doando-se em amor, humildade e caridade.
Ensinando-nos o que realmente é essencial neste viver, o que é preciso para entrar no Reino do Pai. Reino este de felicidade suprema, de sublimação e amor divino.
Meus jovens, toda felicidade na Terra é relativa e tudo o que fazemos hoje, todos atos de nossa inconseqüente postura serão cobrados de nós no amanhã, com certeza.
Ação e reação, causa e efeito, ou se melhor entenderes: Teu erro, tua dívida. Esta é a lei.
    Aproveitemos a vida de uma maneira ponderada, regrada e sem exageros.
    Respeitando os limites de nosso corpo, respeitando o convívio em sociedade e principalmente, respeitando os outros indivíduos, que também tem os mesmos direitos à liberdade e a vida.

Miguel_@ngelo

Reprodução de Textos

Caros irmãos, todos os textos aqui publicados com a assinatura do escritor Miguel_@ngelo, estão autorizados para reprodução desde que se mantenha o nome do autor na publicação em qualquer meio de informação. Que a Paz esteja convosco. Obrigado pela colaboração e compreensão.

sábado, 12 de novembro de 2011

Este texto é parte integrante do livro A Luz de Deus a nos Iluminar...


Discernimento diante as Profecias

Amados irmãos, estamos em uma era de transformação, o mundo velho de sentimentos tão imperfeitos como o ódio, orgulho, inveja e outros mais precisa desaparecer, para o surgimento de um mundo melhor.
A natureza já está fazendo a sua parte para esta mudança, em que a Terra necessita de fluídos restauradores e benéficos.
Não precipitemos nossos julgamentos diante das catástrofes, calamidades e ajustes de toda a natureza. Tudo se faz necessário e tudo se encontra na perfeita ordem, dentro das Leis Divinas. Sabemos que uma grande transformação como esta não pode ocorrer da noite para o dia e sem que se percebam os seus efeitos, demanda já de muito tempo e temos presenciado seus resultados.
Ouvimos ainda assim, irmãos mais afoitos, iludidos pelo seu orgulho, intuídos por espíritos imperfeitos, querendo passar-se por grandes apóstolos e pregadores, alastrando conselhos e previsões para o final do mundo. Arrastando seguidores e conseqüentemente causando humilhações, desajustes familiares, sociais e financeiros a algumas pessoas que são certamente iludidas em sua fé e emoção.
Usemos a inteligência que o Pai Celeste nos concedeu e façamos um estudo mais ajuizado do Evangelho, com uma interpretação mais coerente e centrada na razão, sem ligações ou comparações com a ficção que nos apresentam alguns desavisados e que visam outras oportunidades, longe da de esclarecer e auxiliar a humanidade na busca de suas mais antigas inquisições: QUEM SOMOS, DE ONDE VIEMOS E PARA ONDE VAMOS.
Previsões e predições sempre existiram, podemos encontra-las até mesmo nas escrituras sagradas, mas as verdadeiras sempre tiveram por finalidade o engrandecimento e aperfeiçoamento dos homens. Jamais Espíritos da Verdade, Superiores e Iluminados nos trarão ilusões ou nos farão revelações que não sejam de benefício ao todo e de conhecimento geral, com a permissão do Pai para tal acontecimento,  mesmo assim eles não nos precisariam datas, pois o tempo para eles é bastante diferenciado do que o é para nós e este detalhe não lhes seria de relevância.
Portanto, amados, deixemos de nos preocupar com estas previsões que querem nos fazer acreditar, tomemos como princípio os ensinamentos do Mestre e vivenciemos as Leis do nosso Pai, para que tenhamos a felicidade de poder participar do Novo Mundo, o Mundo de Regeneração que se aproxima e façamos também a nossa parte, nos reformando, nos melhorando moralmente, elevando nosso espírito a esferas mais iluminadas.
 Tenhamos em mente a humildade, a bondade, o amor e a caridade. Assim procedendo não teremos que nos preocupar com a hora da Separação do Joio do Trigo , pois o verdadeiro Cristão ou o verdadeiro Espírita tem sempre por princípios os dois maiores mandamentos: Amar a Deus sobre todas as coisas e Amar o próximo como a si mesmo.
Estejamos sempre prontos, Vigiando e Orando, para que não sejamos seduzidos pelos falsos cristos e falsos profetas.
Saibamos sempre discernir a Verdade, de toda e qualquer ilusão, ficção e mentira.
Que Deus nos ilumine, hoje e sempre, que a Terra possa continuar a transformar-se, transformando também os homens para viverem o Sublime Amor Divino no Mundo de Regeneração.


Miguel_@ngelo

domingo, 28 de agosto de 2011

Crer em Deus...


Crer em Deus é mais do que simplesmente acreditar que ele existe.
Não nos basta apenas dizer que cremos se não o vivenciarmos, se não seguirmos seus ensinos, suas Leis e principalmente o seu amor.
Crer em Deus é bem mais do que pedir socorro nas horas de aflição e dificuldades. Procurá-lo quando pensamos que não há mais saída para nossos problemas e que este é o momento em que Ele tem de nos mostrar que vale a pena crer em Deus.
Fazer tudo errado, a maneira de nossas escolhas, muitas vezes precipitadas e após isso culpa-lo pelos frutos amargos que colhemos, ou nos revoltarmos contra Ele pelos castigos e dificuldades, pensamos, nos proporciona.
Crer em Deus é muito mais do que fazer uma oração decorada, onde nem mesmo sentimos as palavras, pois nosso intento mesmo é pedir, pedir muito além do que merecemos, mas que achamos que, por ser bondoso como o é, tem a obrigação de satisfazer todos os nossos desejos, por mais absurdos que pareçam, mas que temos a pretensão ser isso para a nossa felicidade.
Não reconhecemos Deus nas pequenas coisas, a simplicidade não faz parte desse mundo de interesses, futilidades, orgulho, preconceito...
Onde o que mais vale é a aparência, o ter, a situação social e financeira, onde o humilde e o simples vivem somente para serem humilhados, de chacotas, de abusos de toda a sorte.
Esta situação que nos coloca como sendo o homem mais importante que a Divindade, onde o material se torna mais valioso que o espiritual. Onde a superficialidade está acima de nosso caráter verdadeiro e assim vivemos, na ilusão do Crer em Deus.
Precisamos urgentemente nos reformar, nos despojar destes conceitos errôneos, afastar-nos das condutas materialistas e impositivas, para podermos viver em Deus.
Temos a necessidade de refletir sobre o verdadeiro sentimento cristão que nos ensina a nos desapegar da matéria e viver para Deus, para as coisas espirituais, visando a vida futura, acreditando em Deus Pai, que nos aguarda para adentrarmos em Seu Reino.
 Crer em Deus é viver como verdadeiros cristãos, legítimos seguidores dos ensinos e exemplos do Cristo Jesus, que é até hoje e sempre será nosso maior ícone de Amor, Paz, simplicidade, humildade e vida.
Saibamos aproveitar Seu Evangelho passado por Jesus, para estudarmos a Sua Pedagogia de Amor e com entendimento correto, praticarmos em nossa vida tudo o que Ele tanto tentou ensinar e que somente como tempo é que passamos a compreender.
Isso é Crer em Deus, é saber usar de todos seus conselhos, ensinos que foram transmitidos pelos diversos emissários que vieram nos traduzir Sua Palavra para tornar a nós um melhor entendimento sobre tudo o que quer nos mostrar.
Temos hoje a oportunidade de nos tornarmos verdadeiros cristãos, temos o conhecimento, a verdade, a luz, saibamos então aproveitar os tempos chegados para a grande transformação que tanto se esperou acontecer.
Temos a chance de agora dizermos que Cremos em Deus, de verdade, de coração, com firmeza e convicção, plenos no que afirmamos e que aceitamos o Amor do Pai e podemos repartir desse amor para com os demais irmãos.
Crer em Deus!
Ele existe, nos ama e vela para que consigamos sempre trilhar pelo seu caminho reto, em busca de um lugar em Seu Reino.
Simplesmente o que temos de fazer...
Crer em Deus!

Miguel_@ngelo

sábado, 6 de agosto de 2011

Culto Cristão no Lar


O culto do Evangelho no lar não é uma inovação. É uma necessidade em toda parte onde o Cristianismo lance raízes de aperfeiçoamento e sublimação. A Boa-Nova seguiu da Manjedoura para as praças públicas e avançou da casa humilde de Simão Pedro para a glorificação no Pentecostes. A palavra do Senhor soou, primeiramente, sob o teto simples de Nazaré e, certo, se fará ouvir, de novo, por nosso intermédio, antes de tudo, no círculo dos nossos familiares e afeiçoados, com os quais devemos atender às obrigações que nos competem no tempo.
Quando o ensinamento do Mestre vibre entre as quatro paredes de um templo doméstico, os pequeninos sacrifícios tecem a felicidade comum.

A observação impensada é ouvida sem revolta.
A calúnia é isolada no algodão do silêncio.
A enfermidade é recebida com calma.
O erro alheio encontra compaixão.
A maldade não encontra brechas para insinuar-se.

E aí, dentro desse paraíso que alguns já estão edificando, a benefício deles e dos outros, o estímulo é um cântico de solidariedade incessante, a bondade é uma fonte inexaurível de paz e entendimento, a gentileza é inspiração de todas as horas, o sorriso é a sombra de cada um e a palavra permanece revestida de luz, vinculada ao amor que o Amigo Celeste nos legou.
Somente depois da experiência evangélica do lar, o coração está realmente habilitado para distribuir o pão divino da Boa-Nova, junto da multidão, embora devamos o esclarecimento amigo e o conselho santificante aos companheiros da romagem humana, em todas as circunstâncias.
Não olvidemos, assim, os impositivos da aplicação com o Cristo, no santuário familiar, onde nos cabem o exemplo de paciência, compreensão, fraternidade, serviço, fé e bom ânimo, sob o reinado legítimo do amor, porque, estudando a Palavra do Céu em quatro Evangelhos, que constituem o Testamento da Luz, somos, cada um de nós, o quinto Evangelho inacabado, mas vivo e atuante, que estamos escrevendo com os próprios testemunhos, a fim de que a nossa vida seja uma revelação de Jesus, aberta ao olhar e à apreciação de todos, sem necessidade de utilizarmos muitas palavras na advertência ou na pregação.

Emmanuel

Fonte: XAVIER, Francisco Cândido. Luz no Lar. Por diversos Espíritos. 8. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1997. Cap 1, p. 11-12. 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

NASCER DE NOVO



                                    “Em verdade, em verdade, te digo que se alguém não
nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” – João, cap. 3
 
          “Nascer de novo” é tarefa para todos os dias.
          Renascer dentro da própria existência física é mais importante do que ganhar corpo novo e simplesmente reencarnar.
          A Criação Divina, a cada dia, expande-se e aperfeiçoa-se.
          Renascer do erro é admiti-lo e começar a repará-lo.
          O homem que, por orgulho ou comodismo, se cristaliza em suas opiniões, vai ficando à margem do dinamismo da vida.
          Disponhamo-nos a recomeçar sempre.
          Voltar atrás em decisões equivocadas é prova de grandeza espiritual.
          Sejamos como a gleba fértil e generosa que agasalha em seu seio toda boa semente e permite que ela germine...
          Ninguém desfruta de saúde espiritual, se não tiver a humildade de reconhecer os seus limites e trabalhar para ampliar os horizontes pessoais.
          Crescer não é superar os outros, mas tornar-se maior do que se é, conservando-se pequenino.
          Quantos preferem sofrer no erro a serem felizes ao reconhecê-lo?
          O homem que perde a simplicidade é candidato ao desequilíbrio emocional.
          Sejamos comedidos em tudo quanto fizermos.
          E não ignoremos os companheiros de jornada que gemem, renteando conosco na difícil caminhada,
          Quem ama, por mais complexa a decisão, acerta sempre.

Sócrates e a imortalidade da alma


No ano 399 antes da era cristã, o Tribunal dos Heliastas, composto por representantes das dez tribos que compunham a democrata Atenas, reunia-se com seus 501 membros para cumprir uma obrigação bastante difícil.
Representantes do povo, escolhidos aleatoriamente, estavam ali para julgar o filósofo Sócrates.
O pensador era acusado de recusar os deuses do Estado, e de corromper a juventude.
Figura muito controversa, Sócrates era admirado por uns, criticado por outros.
Tinha costume de andar pelas ruas com grupos de jovens, ensinando-os a pensar, a questionar seus próprios conhecimentos sobre as coisas e sobre si mesmos.
Sócrates desenvolveu a arte do diálogo, a maiêutica, este momento do “parto” intelectual, da procura da verdade no interior do homem.
Seus dizeres “Só sei que nada sei” representam a sapiência maior de um ser, reconhecendo sua ignorância, reconhecendo que precisava aprender, buscar a verdade.
Por isso foi sábio, e além de sábio, deu exemplos de conduta moral inigualáveis.
Viveu na simplicidade e sempre refletiu a respeito do mundo materialista, dos valores ilusórios dos seres, e das crenças vigentes em sua sociedade.
Frente a seus acusadores foi capaz de lhes deixar lições importantíssimas, como quando afirmou:
“Não tenho outra ocupação senão a de vos persuadir a todos, tanto velhos como novos, de que cuideis menos de vossos corpos e de vossos bens do que da perfeição de vossas almas.”
O grande filósofo foi condenado à morte por cerca de 60 votos de diferença.
A grande maioria torcia para que ele tentasse negociar sua pena, assumindo o crime, e tentasse livrar-se da punição capital, com pagamento de algumas moedas.
Com certeza, todos sairiam com as consciências menos culpadas.
Todos menos Sócrates que, de forma alguma, permitiu-se ir contra seus princípios de moralidade íntimos. Assim, aceitou a pena imposta.
Preso por cerca de 40 dias, teve chance de escapar, dado que seus amigos conseguiram uma forma ilícita de dar-lhe a liberdade.
Não a aceitou. Não permitiu ser desonesto com a lei, por mais que esta o houvesse condenado injustamente. Mais uma vez exemplificou a grandeza de sua alma.
E foram extremamente tranqüilos os últimos instantes de Sócrates na Terra.
Uma calma espantosa invadia seu semblante, e causava admiração em todos que iam visitá-lo.
Indagado a respeito de tal sentimento, o pensador revelou o que lhe animava o espírito:
“Todo homem que chega aonde vou agora, que enorme esperança não terá de que possuirá ali o que buscamos nesta vida com tanto trabalho!
Este é o motivo de que esta viagem que ordenam me traz tão doce esperança.”
Sim, Sócrates tinha a certeza íntima da imortalidade da alma, e deixou isso bem claro em vários momentos de seus diálogos.
A perspicácia de seus pensamentos e reflexões já haviam chegado a tal conclusão lógica.
O grande filósofo partia, certo de que continuaria seu trabalho, de que prosseguiria pensando, dialogando, e de que desvendaria um novo mundo, uma nova perspectiva da vida, que é uma só, sem morte, sem destruição.
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O Codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, indagou aos imortais:
“No momento da morte, qual o sentimento que domina a maioria dos homens? A dúvida, o medo ou a esperança?”
Ao que os Espíritos lhe respondem:
“A dúvida para os descrentes endurecidos; o medo para os culpados; a esperança para os homens de bem.”
Que possamos todos, a exemplo de Sócrates, deixar este mundo com o coração repleto de esperança.
Texto da Redação do Momento Espírita com base no livro O Fédon, de Platão, Coleção Filosofia – Textos nº 4. ed. Porto e no livro Apologia de Sócrates, de Platão, Coleção Aos pensadores, ed. Nova Cultura

domingo, 24 de julho de 2011

Evangelho no Lar


PRINCIPAIS FINALIDADES DO EVANGELHO NO LAR

1º - Estudar o Evangelho à Luz da Doutrina Espírita, a qual possibilita compreendê-lo em "espírito e verdade", facilitando, assim, pautar nossas vidas segunda a vontade do Mestre.
2º - Criar em todos os lares o hábito salutar de reuniões evangélicas, para que despertem e acentuem o sentimento que deve existir em cada criatura.
3º - Pelo momento de paz e de compreensão que o Evangelho no Lar oferece, unir mais as criaturas, proporcionando-lhes uma vivência mais tranqüila.
4º - Tornar o Evangelho melhor compreendido, sentido e exemplificado, no lar e em todos os ambientes.
5º - Higienizar o lar pelos nossos pensamentos e sentimentos elevados permitindo assim, mais fácil influência dos Mensageiros do Bem.
6º - Ampliar o conhecimento literal e espiritual do Evangelho para oferecê-lo com maior segurança a outras criaturas.
7º - Facilitar no lar e fora dele o amparo necessário para enfrentar as dificuldades materiais e espirituais, mantendo, operantes, os princípios da oração e da vigilância...
8º - Elevar o padrão vibratório dos componentes do lar, a fim de que ajudem, com mais eficiência, o Plano Espiritual na obtenção de um mundo melhor.

ROTEIRO PARA A REALIZAÇÃO DE " O EVANGELHO NO LAR "

Escolher um dia e uma hora por semana e convidar todos da família, senão puderem ou não quiserem participar, faremos sozinhos, só fisicamente, na certeza de que Jesus se fará presente através de seus mensageiros.
1º - Início da reunião: Prece simples e espontânea
2º - Leitura de O Evangelho Segundo o Espiritismo: Começar desde o Prefácio, lendo um item ou dois sempre em seqüência. Se houver crianças ou adolescentes, ver (Sugestões) no final do roteiro.
3º - Comentários sobre o texto lido: Devem ser breves, com participação de todos os presentes.
4º - Vibrações:
Vibrar pela fraternidade, paz e equilíbrio a toda a humanidade;
Vibrar pelos governantes e os que trabalham na elaboração das leis;
Vibrar pela implantação e vivência do Evangelho em todos os lares;
Vibrar para o nosso lar, mentalizando paz, harmonia e saúde e muita luz. Disse Jesus: "Vós sois Luzes"
Pedidos: Mestre Jesus, abençoe nossa família e dá-nos o entendimento e o espírito de compreensão e cooperação; aumente o amor em nossos corações (Até aqui em voz audível)
Segundos de silêncio: Em pensamento e coração vamos conversar com Jesus, cada um de nós tem pedido a Te fazer, a fim de receber a orientação necessária e amorosa que é a iluminação do Cristo em nós (Depois em voz normal)
5º - Prece de encerramento: prece simples e espontânea. Para maiores detalhes, consultar os livros "Evangelho no Lar à Luz do Espiritismo" e "Experiências à Luz do Evangelho no Lar".

SUGESTÕES
1º - Recomenda-se, depois do estudo de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", a leitura de livros de autores idôneos que forneçam subsídios para os comentários evangélicos.
2º - Fazer vibrações especiais para casos concretos que preocupem os presentes e a sociedade.
3º - Embora a assistência do Plano Espiritual seja indispensável para o andamento normal do Evangelho no Lar, acautelar-se para não transformar a reunião em trabalho mediúnico. Mediunidade e a Assistência Espiritual devem, sempre que possível, ser praticadas em Centros Espíritas.
4º - Evitar comentários de desdouro às religiões e às pessoas, inclusive, as conversações menos edificantes.
5º - Não suspender a prática do "Evangelho no Lar" em virtude de visitas, passeios adiáveis ou acontecimentos fúteis.
6º - A duração da reunião deverá ser de trinta minutos, aproximadamente.
7º ) Quanto às crianças, os pais Cristãos devem permitir e incentivar os seus filhos a participarem da reunião para que eles possam iniciar com segurança a nova experiência física. Permitir que eles façam comentários, perguntas e colaborem nas preces. Deve ser acrescentado livros de história infantil, despertando neles o interesse e o gosto pelo ensino de Jesus. Lembremo-nos: "Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais..." (Jesus – Marcos, 10:14)

Lembranças do Passado


Nossas lembranças do passado nos são obscurecidas para que não atrapalhem nosso livre-arbítrio, note que dissemos obscurecidas e não “esquecidas totalmente”.
Nossas intuições são a prova desta afirmação, pois temo-las como ferramentas para auxiliar-nos a todo o momento em que tomamos uma decisão. Sempre nos interrogamos de como deveremos agir em uma determinada circunstância e nossa consciência nos faz recordar uma experiência ou situação já vivida, ou seja, do nosso discernimento do que é certo ou errado.
Imaginemos que no passado tivemos um grande rival, no qual muitos embates travamos juntos, muita crueldade de ambas as partes marcaram nossa pretérita existência e hoje, para que possamos pôr um fim a essas diferenças, viemos a encarnar numa mesma família. Seremos hoje, pai e filho, irmãos, cônjuges ou qualquer outro parentesco. Ou ainda talvez sejamos sócios, amigos ou participemos de um mesmo círculo qualquer. Como seria nossa relação em comum, como lidaríamos com as reminiscências do passado, como agiríamos?
Isso certamente seria para nós um grande tormento, atrapalharia sobremaneira o triunfo de nosso progresso, o comprometimento com a reparação de nossas faltas.
Além do mais, temos de analisar que nossa posição pode também se tornar motivo para exaltar nosso orgulho, fazendo-nos sentir superiores a quem deveríamos tratar com igualdade, como irmãos e que, no entanto nossos sentimentos não nos permitem descer do pedestal em que nos colocamos.
Assim achamo-nos a humilhar, desprezar, rechaçar aqueles que estariam aqui e agora para nos auxiliar e serem auxiliados na atual existência.
Há também um outro lado a se verificar, se nós é que nos encontrássemos no lado mais inferior em relação a esses irmãos, se hoje viéssemos numa situação de penúria, de lástima, necessitados de muito auxílio, precisando de caridade, mas, no entanto não encontrássemos nem mesmo no lar, o amor que tanto necessitamos. Somos rejeitados em todos os grupos sociais que freqüentamos, temos sempre respostas negativas a qualquer pedido, passando a nos sentir abandonados, desgraçados.
De que adiantariam as lembranças de nossa existência anterior nestas situações, seria um alívio ou um tormento ainda maior. Mudariam nossas relações, melhoraria nosso comportamento? São perguntas que nos surgem e que pegam a nos surpreender em alguns casos. Para alguns indivíduos isso parece ser um alívio ou uma cura, para outros seria mesmo um entrave maior, métodos há para que com o auxílio de espíritos iluminados e superiores poderemos obter alguma informação que nos será de algum modo útil em determinado tratamento, em um tipo de alívio que estamos necessitados e que nosso merecimento está devidamente em acordo para com a graça a ser atingida.
Deus, soberanamente bom e justo, nos coloca na posição correta em precisamos para enfrentar todas as provas que necessitamos para melhorarmos. Nosso livre-arbítrio é que ditará se teremos coragem e fé suficientes para enfrenta-las.Nossa fuga a esses compromissos atrasa nosso progresso, fazem-nos estagnar no ponto em que nos encontramos.
Portanto sempre ao depararmos com um obstáculo, reflitamos, o que o Pai quer de nós? O que significa esse Seu aviso em nosso caminho? Resignemos-nos diante das dificuldades, por maior que nos pareçam, agradeçamos a Deus pela força que nos dá para suportarmos a dor. E saibamos administrar nossos problemas, sigamos em frente de cabeça erguida, certos de que o Pai coloca seus Ministros ao nosso lado para nos acompanhar, conduzir e proteger.
O que tivermos que nos lembrar de nosso pretérito, certamente virá na intuição destes espíritos iluminados, que com a permissão de Deus nos mostrarão de alguma forma o que nos é cabido saber, na hora em que se achar necessária e conforme nosso merecimento.
Lembremos sempre é dos ensinamentos do Mestre Jesus que nos diz:
“- Amai a Deus sobre todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo”.
 Eis aí toda Lei e os profetas.
Sigamos assim e que Deus Pai, nos ilumine e abençoe.
  
Miguel_@ngelo

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Como surgiram as igrejas protestantes?


Elas surgiram a partir do inconformismo do padre alemão Martinho Lutero (1483-1546) em aceitar algumas práticas da Igreja Católica. Lutero atacava duramente a venda de indulgências, ou seja, a obtenção de perdão para um determinado pecado em troca de dinheiro. No dia 31 de outubro de 1517, Lutero pregou na porta de uma igreja de Wittenberg, na Alemanha, um manifesto com 95 teses em que atacava não só a venda de indulgências, como também outros procedimentos da Igreja Católica, como a negociação de cargos eclesiásticos. O papa Leão X exigiu uma retratação do padre, ameaçando condená-lo por heresia. Mas Lutero não voltou atrás e rompeu com a Igreja Católica, dando início à chamada Reforma Protestante, movimento que se espalhou pela Europa, impulsionado pela maior flexibilidade religiosa que oferecia.
Os inimigos dos reformistas passaram a se referir a seus seguidores como "luteranos". Estes, por sua vez, preferiam ser chamados de "evangélicos", termo hoje muito usado para se referir aos fiéis das igrejas protestantes. A liberdade pregada por Lutero acabaria abrindo espaço para o surgimento de várias correntes religiosas. "O protestantismo tem uma pedra fundamental: a autonomia. A idéia de que só Deus salva, a subjetividade do indivíduo e a possibilidade de assumir e viver as diferenças vai gerar uma variedade enorme de igrejas", diz o cientista da religião João Décio Passos, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Isso ajuda a entender por que hoje existem tantas ramificações entre os protestantes.

Crença na autonomia
Liberdade pregada por Lutero deu origem a várias correntes religiosas

Igreja Católica - Reforma Protestante

Luteranos
A ruptura de Luterano com os católicos, em 1517, lançou as bases para a expansão do protestantismo. Os luteranos condenavam o comportamento moral dos padres católicos e acreditavam que a salvação estava nas escrituras sagradas.
Presbiterianos
Inspirados no teólogo fracês João Calvino (1509-1564), pregavam a predestinação divina: ou seja, só os eleitos por Deus se salvariam. O teólogo holandês James Arminius (1560-1609) criaria depois outra vertente do presbiterianismo: o Arminianismo.
Anglicanos
O rei inglês Henrique VIII (1491-1547) queria anular seu primeiro casamento para se unir a outra mulher. Após a recusa do papa Clemente VII, ele rompeu com a Igreja Católica e criou a anglicana em 1534, ficando livre da interferência papal.
Batistas
O movimento anabatista já existia quando Lutero começou a questionar a Igreja Católica. Mas, como outras correntes protestantes, o movimento só ganhou expressão após a Reforma. Acabou dando origem à Igreja Batista.
Metodistas
Surgiram na Inglaterra no século 18, propondo reformar a Igreja Anglicana. Baseadas na crença da salvação pela fé em Cristo, as idéias metodistas não conseguiram mudar os anglicanos, mas deram origem a uma nova corrente protestante
Pentecostais
Começaram a aparecer no início do século 20 como uma dissidência dos metodistas. Em 1910, foi fundada a Congregação Cristã do Brasil; no ano seguinte, a Assebléia de Deus, e em 1962, Deus é Amor. Os pentecostais crêem na cura pela fé.
Neo pentecostais
Fazendo parte do grupo a Igreja Universal do Reino de Deus, de 1977, e a Igreja Renascer em Cristo, de 1986. Os neo pentecostais têm em comum a adoção da mídia para pregar aos fiéis, além dos cultos espetaculares e a realização de exorcismos.

Fonte: “site - mundoestranho.abril.com"

A Reencarnação na história


Publicado por Marcio-geec em 19/8/2006 (787 leituras)
Centre Spirite Lyonnais Allan Kardec

A Reencarnação na história
A doutrina das vidas sucessivas ou reencarnação é chamada também de Palingenesia, de duas palavras gregas, Palin, de novo, gênese, nascimento. Ela foi formulada desde a aurora da civilização na Índia. Encontra-se nos Vedas: " Da mesma forma que nos desfazemos de uma roupa usada para pegar uma nova, assim a alma se descarta de um corpo usado para se revestir de novos corpos."
Pitágoras foi o primeiro a introduzir na Grécia a doutrina dos renascimentos da alma que tinha conhecido em suas viagens no Egito e na Pérsia. Platão adotou a idéia pitagoriana da Palingenesia: "É certo que os vivos nascem dos mortos; que as almas dos mortos renascem ainda." (Phèdre)
A escola néo-platônica da Alexandria ensinava a reencarnação precisando a vantagem desta evolução progressiva para as condições da alma. Plotino, o primeiro de todos, a revê várias vezes no curso de suas Eneidas. É um dogma, disse ele, muita antigo e universalmente ensinado que, se a alma comete faltas, é condenada a expiá-las submetendo-se a punições nos infernos tenebrosos, depois do que é admitida a voltar em um novo corpo para recomeçar suas provas. "A providência de Deus, escreveu Plotino, assegura a cada um de nós a sorte que lhe convém e que é harmônica com seus antecedentes, segundo suas existências sucessivas." Jamblico acrescenta: "Assim as penas que nos afligem são freqüentemente castigos de um pecado do qual a alma se rende culpada em sua vida anterior. Algumas vezes, a razão do castigo nos é ocultada por Deus, mas nós não devemos duvidar de sua justiça."
Entre os romanos que adquiriram a maior parte de seus conhecimentos na Grécia, Virgílio exprime claramente a idéia da Palingenesia neste termos: " Todas as almas, ainda que por milhares de anos tenham retornado à roda desta existência (no Elísios ou no Tartaro), Deus as chama em numerosos enxames ao rio Léthé, a fim de que, privadas de recordações, revejam os lugares superiores e convexos e comecem a querer voltar ao corpo."
Os Gauleses acreditavam nas vidas sucessivas. César escreveu na Guerra de Gales: "Uma crença que eles buscam sempre estabelecer, é que as almas não perecem de forma alguma e que após a morte elas passam de um corpo para outro."
Em suas obras, o historiador Joseph fez profissão de sua fé na reencarnação; relata que essa era a crença dos Fariseus. O Pe. Didon o confirma nestes termos, em sus "Vida de Jesus: "Então crê-se, entre o povo (judeu) e mesmo nas escolas, no retorno à vida da alma dos mortos." O sábio beneditino Dom Calmet se exprime assim em seus Comentário, sobre essa passagem das Escxrituras: "Vários doutores judeus crêm que as almas de Adão, Abrâo, Phinées, animaram sucessivamente vários homens de sua nação." O Talmud ensina que a alma de Abel passou ao corpo de Seth e mais tarde ao de Moisés. O Zoar diz: "Todas as almas são submetidas às provas da transmigração" e a Cabala: "São os renascimentos que permitem aos homens se purificar."
Os judeus acreditavam que o retorno de Elias sobre a Terra devia preceder o do Messias. Isto porque, no Evangelho, quando seus discípulos perguntaram a Jesus se ele voltaria, Ele respondeu afirmativamente dizendo: "Elias já veio e não o reconheceram, mas eles lhe tem feito tudo o que havia sido predito." E seus discípulos compreenderam, diz o Evangelista, que era de João que lhes falava.
Um dia, Jesus perguntou a seus discípulos o que diziam dele no povo. Eles respondem1: "Uns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros Jeremias, ou qualquer um dos antigos profetas que vieram ao mundo." Jesus, longe de os dissuadir, como se eles estivessem falando coisas imaginárias, se contenta em acrescentar: " E vós, quem acreditam que sou?" Quando encontram o cego de nascença, seus discípulos lhe perguntam se esse homem nasceu cego por causa dos pecados de seus pais ou dos pecados que ele tinha cometido antes de nascer. Eles acreditavam então na possibilidade da reencarnação e na possível preexistência da alma. Sua linguagem fazia mesmo crer que essa idéia estava difundida entre o povo, e Jesus parecia autorizá-la, em vez de combatê-la; Ele fala das numerosas moradas de que se compõe a casa do Pai.
Lemos no Evangelho de João: " Havia um homem entre os fariseus, chamado Nicodemos, um dos principais judeus. Esse homem veio de noite encontrar Jesus e lhe disse: "Mestre, sabemos que tu és um doutor vindo da parte de deus, porque ninguém poderia fazer os milagres que tu fazes se Deus não estivesse com ele." Jesus lhe respondeu: "Em verdade, eu te digo que se um homem não nascer da água e do espírito. ele não pode entrar no reino de Deus. Aquele que nasceu da carne é carne, e aquele que nasceu do espírito é espírito. Não se espante de nada disso que te digo; é preciso que vós nasçais de novo. O vento sopra onde quer, e tu ouves o ruído, mas não sabes donde ele vem nem para onde ele vai. O mesmo ocorre de todo homem que nasceu do espírito."
Entre os Hebreus, a água representava a essência da matéria, e quando Jesus adianta que o homem deve renascer da água e do espírito, não é como se dissesse que deve renascer da matéria e do espírito, quer dizer em corpo e em alma?
De todos os Padres da Igreja, Orígenes é o que afirmou de forma mais precisa, em numerosas passagens de seu Princípios (livro 1°), a reencarnação ou renascimento das almas. Sua tese é esta: "A justiça do Criador deve aparecer em todas as coisas." São Jerônimo, por seu lado, afirma que a transmigração das almas fazia parte dos ensinamentos revelados a um certo número de iniciados. Em suas Confissões, santo Agostinho nos diz: "Minha infância não sucedeu a uma outro idoso morto antes dela?... Mesmo antes desse tempo, tinha já estado em qualquer parte? Fui alguma pessoa qualquer?"
Ainda no século quinze, o cardeal Nicolas de Cusa "sustentava em pleno Vaticano a teoria da pluralidade das existências da alma e dos mundos habitados, não somente com o assentimento, mas com os encorajamentos sucessivos de dois papas: Eugênio IV e Nicolau V." Malgrado esta exceção, a doutrina das vidas sucessivas permaneceu velada por toda a duração da idade média, porque estava severamente proscrita pela Igreja.
É preciso esperar os tempos modernos e a liberdade de pensar e discutir para que isso reaparecesse. Leibnitz, estudando o problema da origem da alma, admitiu que o princípio inteligente, sob a forma de mônada, tinha podido se desenvolver no reino animal. Numerosos pensadores se reuniram à reencarnação: Dupont de Nemours, Charles Bonnet, Lessing, Constant Savy, Pierre Leroux, Fourier, Jean Reynaud. A doutrina das vidas sucessivas foi vulgarizada para o grande público por autores como Balzac, Théophile Gautier, George Sand e Victor Hugo.


Para saber mais:
Christianisme et Spiritisme de Léon Denis (notes complémentaires, n° 5. Sur la Réincarnation)
La Réincarnation de Gabriel Delanne (ch. I, Coup d’œil historique sur la théorie des vies successives)
O Problema do Ser e do Destino Léon Denis (2ª parte, cap. XVII, As Vidas sucessivas. Provas históricas)
Le Génie Celtique et le monde invisible de Léon Denis (2e partie, ch. VIII, Palingénésie : Préexistences et vies successives. La loi des Réincarnations)

"Não se perturbe o teu coração. – Crê em Deus..."

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Que as bençãos do Pai de Amor e Bondade sejam presentes na vida de cada um de nós. Que o Mestre Jesus consiga penetrar em nossos corações, t...