Honrar Pai e Mãe

Ontem foi o dia das mães, muito de nós festejamos, abraçamos, glorificamos, homenageamos esta pessoa que nos é muito especial, até mesmo aqueles que nãos as tem mais fisicamente, assim como eu, prestamos nossa homenagem em pensamento, vibração e orações, pois devemos a este ser algo de mais valioso que podemos ter "a nossa vida".

E aqui não queremos novamente prestar mais uma homenagem, pois acho que todos já a fizemos, então venho através deste chamar a atenção para estas palavras do título, ensinadas pelo Mestre Jesus e que necessitam de uma grande reflexão. No Mundo Moderno em que vivemos, trazemos como herança o pensamento que o futuro é dos jovens e assim mentalizando acabamos por regrar em um entendimento equivocado de que esse "Mundo" pertence somente a eles e acabamos excluindo os que já deixaram de ser.

Sim, equivocadamente fizemos isso acontecer e nossas crianças acabam pensando que não mais precisando dos indivíduos mais velhos, pois eles são os "senhores da vida", começam a descartar os idosos, desrespeitando, hostilizando-os, mal-tratando, abandonando, fazendo de tudo para os deixar "fora da sociedade em que vivem".

E infelizmente isso começa no próprio lar, os jovens começam cedo a revoltar-se contra os pais e estes não conseguem educá-los dentro das regras que foram educados, pois a própria sociedade acha tais normas ultrapassadas, dando razão para que esses mesmos jovens possam fazer o que bem entendem com seus pais, com os "mais velhos" e aí começa o ponto crucial.

Não respeitam os próprios pais, desrespeitam avós, tios e daí partem para a vida, vão para a escola e maltratam seus professores, desrespeitam também seus vizinhos e as demais pessoas que encontram na rua e em qualquer lugar.

Honrar Pai e Mãe, aqui entra o ensino mais sublime que devemos em família, se não prestarmos atenção no detalhe, no fundo moral destas palavras acabaremos por cometer este erro que tratamos acima. Os filhos devem aos pais não somente o amor, não somente o carinho, mas nos diz o Mestre em Honrar, ou seja, muito além do sublime amor, devemos o respeito por tudo o que por nós fizeram, honrar a educação, honrar os conceitos, os exemplos, o esforço que nossos pais fizeram para que pudéssemos ter uma vida, por mais simples que seja, mas a oportunidade de estarmos aqui, cumprindo os planos de Deus já nos dá a obrigação de sermos agradecidos.

Por esta razão é que devemos a eles a piedade filial, o dever de retribuir a eles com todo nosso respeito essas Benício que nos proporcionaram, a vida em si já é algo de tornar-nos eternos devedores para com nossos pais e no momento que passamos a respeitá-los, fazendo a eles o que pudermos para terem uma vida tranqüila principalmente quando a idade for avançando, saberemos como tratar nossos avós, nossos tios, vizinhos, mestres e todos mais, pois todos de alguma forma passaram pelas mesma etapas que passamos, todos foram crianças, adolescentes e jovens, todos tiveram suas oportunidades e todos tiveram uma família, mesmo aqueles que as tem por empréstimo em alguns casos particulares, mas todos as têm.

Honrai a estes que são os exemplos de hoje, para que possam também tornarem-se dignos de serem seguidos amanhã.

E pensem o futuro pertence a todos, pois viveremos sempre em sociedade, sem exclusões.

Miguel_@ngelo

Mãe: o Ato do ser.

Difícil descrever em palavras o grande significado desta pequena palavra que com apenas três letras carrega consigo uma infinidade de qualidades, um sem-fim de adjetivos, uma eternidade de sentimentos e um universal amor.

Quantas transformações, medos, dores, transtornos, dificuldades, choros, náuseas, tonturas, desejos, incertezas, insegurança, eis somente alguns pontos que podemos citar o que se passa na vida do ser em preparo para gerar uma nova vida, para fazer de sua vida, de seu corpo, o abrigo e o aconchego para um novo ser ou seres que farão parte de si por longo período.

A vida é uma dádiva tão grande e bela, o papel desta que é a escolhida  nos favorecer a oportunidade de virmos a este mundo e aqui nos desenvolver, progredir ou não, mas tentarmos evoluir nesta jornada.

Ao nascermos, este anjo começa com sua grande missão, a de nos preparar para uma vida nova, nos educarmos, nos auxiliar, nos preparar para que possamos aprender a dar os primeiros passos rumo ao novo, ao desconhecido.

Grandes obstáculos surgem nesta etapa, quantas alegrias, quanto sucesso, mas também quantas decepções, frustrações e desapontamentos.

Filho doutor, engenheiro, gari, catador, professor, militar, policial, marginal, criminoso, deficiente, enfermo, sadio, problemático...Para uma mãe, para este ser de grande capacidade de amar, filtrar, superar o sentimento é o mesmo, todos são filhos do mesmo modo incondicionalmente, o divino sentimento que diferencia o ser feminino, que as torna capaz de desempenhar este grande ofício, mesmo quando não os consegue gerar em si, mas na atitude maior de amor em se doando a filhos órfãos, abandonados, perdidos...

Mãe guerreira, braba, mãe leoa, mãe compreensiva, mãe expectadora, mãe emprestada, mãe de leite, mãe aconselhadora, mãe impulsiva, reflexiva, sublime, amorosa, dedicada, sofredora, orgulhosa, temperamental, de primeira viagem, esperiente...

Mãe, como é bom quando as podemos abraçar, afagar, retribuir-lhes um milésimo do amor que nos dedicaram e nos dedicam, como é gratificante quando ainda temos ao nosso lado para dizer o quão gratos somos a elas.

Mas mesmo para aqueles que como eu já não a tem aqui no plano físico, oremos para que possam estar em um lugar feliz, de muita luz e que estejam nos auxiliando com seu infinito amor. O amor que ultrapassa todos os Planos, todo Universo, que chega a todos os recantos onde houver um sentimento sincero e calcado na fé e no poder do Pai que pode nos conceder  a graça de sentir a presença deste maravilhoso anjo junto a nós, sempre a nosso lado, nos favorecendo e amparando nos momentos que se fizerem necessário.

Mãe a ti dedicamos todos nós esta homenagem, em nome da Mãe de todos nós, a Mãe que viu seu filho sofrer, ser julgado e ser crucificado para que os homens pudessem reconhecer em seu sacrifício o "grande e divino amor" capaz de transformar opiniões e atitudes, capaz de unir os credos através do entendimento e do alcance do seu grande sentimento de paz.

Maria Divina Mãe de Jesus, rogamos a Ti por todas as mães do mundo, por todas as mulheres, sejam ou não mães ainda, mas que tem o grande poder da doação para um novo ser que vem a este nosso plano, por todas elas grande Mãe, as bênçãos, os bálsamos, as luzes, a paz e todo o amor do Pai, para que continuem em sua "divina missão" e que sejam sempre muito felizes.

Um grande e fraterno abraço a todas vocês, Anjos de Deus!

Miguel_@ngelo

Ante os que partiram

Nenhum sofrimento, na Terra, será talvez comparável ao daquele coração que se debruça sobre outro coração regelado e querido que o ataúde transporta para o grande silêncio.

Ver a névoa da morte estampar-se, inexorável, na fisionomia dos que mais amamos, e cerrar-lhe os olhos no adeus indescritível, é como despedaçar a própria alma e prosseguir vivendo...

Digam aqueles que já estreitaram de encontro ao peito um filhinho transfigurado em anjo da agonia; um esposo que se despede, procurando debalde mover os lábios mudos; uma companheira, cujas mãos consagradas à ternura pedem extintas; um amigo que tomba desfalecente para não mais se erguer, ou um semblante materno acostumado a abençoar, e que nada mais consegue exprimir senão a dor da extrema separação, através da última lágrima!

Falem aqueles que, um dia, se inclinaram esmagados de solidão, à gente de um túmulo; os que se rojaram em prece nas cinzas que recobrem a derradeira recordação dos entes inesquecíveis; os que caíram varados de saudade, carregando no seio o esquife dos próprios sonhos; os que tatearam, gemendo, a lousa imóvel, e os que soluçaram de angústia, no adito dos próprios pensamentos, perguntando, em vão, pela presença dos que partiram...

Todavia, quando semelhante provação te bate à porta, reprime o desespero e dilui a corrente da mágoa na fonte viva da oração, porque os chamados mortos são apenas ausentes e as gotas de teu pranto lhes fustigam a alma como chuva de fel.

Também eles pensam e lutam, sentem e choram.

Atravessam a faixa do sepulcro como quem se desvencilha da noite, mas, na madrugada do novo dia, inquietam-se pelos que ficaram... Ouvem-lhes os gritos e as súplicas, na onda mental que rompe a barreira da grande sombra e tremem cada vez que os laços afetivos da retaguarda se rendem à inconformação ou se voltam ao suicídio.

Lamentam-se quanto aos erros praticados e trabalham, com afinco, na regeneração que lhes diz respeito.

Estimulam-te à prática do bem, partilhando-te as dores e as alegrias.

Rejubilam-se com as tuas vitórias no mundo interior e consolam-te nas horas amargas para que te não percas no frio do desencanto.

Tranqüiliza, desse modo, os companheiros que demandam o Além, suportando corajosamente a despedida temporária e honra-lhes a memória, abraçando com nobreza os deveres que te legaram.

Recorda que, em futuro próximo que imaginas, respirarás entre eles, comungando-lhes as necessidades e os problemas, porquanto terminarás também a própria viagem no mar das privas redentoras...

E, vencendo para sempre o terror da morte, não nos será lícito esquecer que Jesus, o nosso Divino Mestre e Herói do Túmulo Vazio, nasceu em noite escura, viveu entre os infortúnios da Terra e expirou na cruz, em tarde pardacenta, sobre um monte empedrado, mas ressuscitou aos cânticos da manhã, no fulgor de um jardim,

Emmanuel

(“Religião dos Espíritos”, 58. Francisco C. Xavier, FEB)