Nossas lembranças do passado nos
são obscurecidas para que não atrapalhem nosso livre-arbítrio, note que
dissemos obscurecidas e não “esquecidas totalmente”.
Nossas intuições são a prova desta afirmação, pois
temo-las como ferramentas para auxiliar-nos a todo o momento em que tomamos uma
decisão. Sempre nos interrogamos de como deveremos agir em uma determinada
circunstância e nossa consciência nos faz recordar uma experiência ou situação
já vivida, ou seja, do nosso discernimento do que é certo ou errado.
Imaginemos que
no passado tivemos um grande rival, no qual muitos embates travamos juntos,
muita crueldade de ambas as partes marcaram nossa pretérita existência e hoje,
para que possamos pôr um fim a essas diferenças, viemos a encarnar numa mesma
família. Seremos hoje, pai e filho, irmãos, cônjuges ou qualquer outro
parentesco. Ou ainda talvez sejamos sócios, amigos ou participemos de um mesmo
círculo qualquer. Como seria nossa relação em comum, como lidaríamos com as
reminiscências do passado, como agiríamos?
Isso certamente
seria para nós um grande tormento, atrapalharia sobremaneira o triunfo de nosso
progresso, o comprometimento com a reparação de nossas faltas.
Além do mais,
temos de analisar que nossa posição pode também se tornar motivo para exaltar
nosso orgulho, fazendo-nos sentir superiores a quem deveríamos tratar com
igualdade, como irmãos e que, no entanto nossos sentimentos não nos permitem
descer do pedestal em que nos colocamos.
Assim
achamo-nos a humilhar, desprezar, rechaçar aqueles que estariam aqui e agora
para nos auxiliar e serem auxiliados na atual existência.
Há também um
outro lado a se verificar, se nós é que nos encontrássemos no lado mais
inferior em relação a esses irmãos, se hoje viéssemos numa situação de penúria,
de lástima, necessitados de muito auxílio, precisando de caridade, mas, no
entanto não encontrássemos nem mesmo no lar, o amor que tanto necessitamos.
Somos rejeitados em todos os grupos sociais que freqüentamos, temos sempre
respostas negativas a qualquer pedido, passando a nos sentir abandonados,
desgraçados.
De que
adiantariam as lembranças de nossa existência anterior nestas situações, seria
um alívio ou um tormento ainda maior. Mudariam nossas relações, melhoraria
nosso comportamento? São perguntas que nos surgem e que pegam a nos surpreender
em alguns casos. Para alguns indivíduos isso parece ser um alívio ou uma cura,
para outros seria mesmo um entrave maior, métodos há para que com o auxílio de
espíritos iluminados e superiores poderemos obter alguma informação que nos
será de algum modo útil em determinado tratamento, em um tipo de alívio que
estamos necessitados e que nosso merecimento está devidamente em acordo para
com a graça a ser atingida.
Deus,
soberanamente bom e justo, nos coloca na posição correta em precisamos para
enfrentar todas as provas que necessitamos para melhorarmos. Nosso
livre-arbítrio é que ditará se teremos coragem e fé suficientes para
enfrenta-las.Nossa fuga a esses compromissos atrasa nosso progresso, fazem-nos
estagnar no ponto em que nos encontramos.
Portanto sempre
ao depararmos com um obstáculo, reflitamos, o que o Pai quer de nós? O que
significa esse Seu aviso em nosso caminho? Resignemos-nos diante das
dificuldades, por maior que nos pareçam, agradeçamos a Deus pela força que nos
dá para suportarmos a dor. E saibamos administrar nossos problemas, sigamos em
frente de cabeça erguida, certos de que o Pai coloca seus Ministros ao nosso
lado para nos acompanhar, conduzir e proteger.
O que tivermos
que nos lembrar de nosso pretérito, certamente virá na intuição destes
espíritos iluminados, que com a permissão de Deus nos mostrarão de alguma forma
o que nos é cabido saber, na hora em que se achar necessária e conforme nosso
merecimento.
Lembremos
sempre é dos ensinamentos do Mestre Jesus que nos diz:
“- Amai a Deus
sobre todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo”.
Eis aí toda Lei e os profetas.
Sigamos assim e
que Deus Pai, nos ilumine e abençoe.
Miguel_@ngelo
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