"Simão
Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé
igualmente preciosa..." Pedro. (II Pedro, 1:1.)
Em
muitas ocasiões, admitimos erroneamente que os grandes vultos do Cristianismo
terão obtido privilégios nas Leis Divinas; entretanto, basta a reflexão nas
realidades do Evangelho, para que nos capacitemos da sem-razão de semelhante
conceito.
Simão
Pedro nos fala da fé "igualmente preciosa" e raros vultos da história
do Cristo poderão competir com ele em matéria de renovação pessoal.
Era
ele pescador de vida humilde, homem quase iletrado, comprometido em obrigações
de família, habitante de aldeola paupérrima, seguidor do Evangelho submetido a
tentações e vacilações que, por algumas vezes, o fizeram cair; entretanto,
guindou-se à posição de apóstolo da causa mais alta da Humanidade, ampliou seus
conhecimentos, adquiriu importância fazendo-se condutor e irmão da comunidade,
liderou a ideia cristã nas metrópoles do teu tempo e, de cada vez que se viu
incurso em erro, procurou corrigir-se e seguir adiante, no desempenho das obrigações
que lhe eram atribuídas.
Realmente,
não possuímos qualquer justificativa para isentar-nos do serviço de
auto-educação, à frente do Cristo, sob a alegação de que não recolhemos
recursos imprescindíveis à solução dos problemas do próprio burilamento para a
vitória espiritual.
Pedro,
com a autoridade do exemplo, afirma-nos que, diante da providência Divina,
todos nós obtivemos valores iguais para as realizações da mesma fé.
(De
“Palavras de Vida Eterna”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)
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